terça-feira, 28 de junho de 2016

Star Trek: Portal do Tempo - A. C. Crispin




imagem de divulgação
No ano em que a franquia Jornadas nas Estrelas (ou Star Trek) completa 50 anos, a editora Aleph traz para o trekker brasileiro a nova edição do livro “O Portal do Tempo”. A publicação, que foi lançada em 1991, volta em uma edição com capa caprichada e texto revisado.

A história é uma continuação de dois episódios da série clássica (Cidade a Beira da Eternidade e All Our Yesterdays). Nesta nova narrativa, Spock descobre que tem um filho perdido no passado e decide resgatá-lo com a ajuda de seus companheiros Kirk e Mccoy. Para isso, os personagens devem usar o portal do tempo e salvar Zar, o filho de Spock com Zarabeth, uma exilada do tempo. Esse encontro acontece no episódio All Our Yesterdays.

Antes de começar a leitura dos livros, eu vi os dois episódios citados acima, e o meu conselho é: assista, se puder. Ver os episódios acrescenta muito à experiência, mas, que fique claro, o livro funciona como uma aventura independente, ouso dizer até que é independente da franquia Jornada nas Estrelas. O volume é construído com dois arcos em que, na primeira parte, a escritora A.C. Crispim equilibra diálogos à psicologia dos personagens – a descoberta de Spock e sua ida até Vulcano para pedir autorização, por exemplo.

Ainda no primeiro arco, é interessante ver o filho de Spock se adaptando ao novo mundo, sua relação com o Pai e, principalmente, com o Dr. Mccoy. O doutor da Enterprise de longe é o mais cativante durante todo livro. Seu humor e relação com os outros personagens dá leveza e aprofunda a história.

No segundo ato é oferecido ao leitor uma aventura envolvendo os Romulanos e o portal do tempo. Os poderes telepáticos (ou seria empáticos) de Zar, mostrado na primeira parte é o fio condutor dessa parte. A autora consegue passar para o leitor o sentido de urgência da situação e é nessa parte que a relação de Spock com o seu filho se aprofunda de maneira emocionante.

Para mim, o destaque fica para o prólogo do livro, o achei bem emotivo e sincero. Por fim, retorno a ideia que o livro funciona tanto para quem já é fã da franquia, como pra quem quer apenas ler uma boa aventura espacial.